Impacto do tratamento de cicatrizes com LASER de CO2
Aqui, um resumo do trabalho da Dra. Luciana Halal e colaboradores publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica. Artigo completo no site: www.rbcp.org.br
Introdução: Cicatrizes hipertróficas e quelóides causam dano estético e funcional, às vezes de difícil tratamento. Introduziu-se o uso de lasers como alternativas secundárias para seu tratamento. O objetivo desta revisão foi identificar estudos prospectivos do tratamento com o laser fracionado de CO2, identificando as alterações clínicas e histológicas e a metodologia utilizada para a avaliação das cicatrizes antes e após intervenção.
Metodologia: Foi realizada uma revisão electrônica (LILACS, Medline e Scielo) de estudos publicados entre janeiro de 2004 e dezembro de 2017, com os termos “keloid/quelóide”, “hypertrophic scar/cicatriz hipertrófica” e “laser CO2”, de acordo com o PRISMA Statement, sendo selecionados os estudos que comparassem as cicatrizes antes e depois de tratamento isolado com laser fracionado de CO2. Os dados foram analisados por dois revisores independentes.
Resultados: Foram analisados 102 artigos, sendo que 7 cumpriam os critérios estabelecidos. Destes, os 7 analisaram cicatrizes hipertróficas, 2 deles também analisaram quelóides, e 3 estudaram alterações histológicas. Houve diferença estatística entre os escores clínicos medidos antes e após tratamento de cicatrizes hipertróficas na maioria dos estudos, com melhora nos sintomas, na flexibilidade e altura da cicatriz. Entre os 2 estudos que analisaram os quelóides, 1 deles demonstrou diferença clínica após tratamento. Nas alterações histológicas, houve diferença na orientação e densidade das fibras de colágeno e na espessura da epiderme.
Conclusão: O laser fracionado de CO2 deve ser considerado como opção promissora no tratamento de cicatrizes patológicas, visto que melhora os sinais e sintomas clínicos como cor, espessura e prurido.
Cirurgia Plástica em Porto Alegre; cicatrizes; cicatriz hipertrófica; queloide