Contraindicações para realização de cirurgia plástica

Alguns fatores são determinantes para que o paciente esteja pronto para fazer uma cirurgia plástica com mais segurança e menos riscos pós-operatórios. A Dra. Luciana Halal explica um pouco sobre os principais casos em que a cirurgia é contraindicada.

Obesidade:

Algumas vezes, pacientes acima do peso marcam uma consulta para a realização de uma lipoaspiração ou abdominoplastia. É muito importante ressaltar que esses tipos de procedimentos não servem pra emagrecer. Enquanto a lipoaspiração retira a gordura localizada, a abdominoplastia remove o excesso de pele abaixo do umbigo, após uma gravidez ou cirurgia bariátrica.

Para pacientes obesos, ou seja, com o IMC (índice de massa corporal) a partir de 30, os riscos da cirurgia plástica aumentam consideravelmente, podendo ocorrer infecções, necrose de pele e dos tecidos em geral, trombose venosa profunda, tromboembolismo pulmonar, entre outros.

Tabagismo:

A nicotina é uma substância que piora a microvascularização periférica da pele e dos tecidos moles – subcutâneo e músculos, por exemplo. Pacientes fumantes costumam apresentar complicações pós-operatórias, como necrose de tecidos, deficiência na cicatrização e maior risco de infecção, já que a oxigenação dos tecidos é precária, devido aos componentes nocivos do cigarro.

Diabetes mal controlada:

Pacientes com diabetes mal controlada também não podem realizar cirurgia plástica. Assim como o paciente tabagista, o diabético, não controlando bem os níveis de açúcar no sangue, apresenta aumento do risco de infecção, deficiência de cicatrização e da oxigenação dos tecidos.

Outras doenças crônicas mal controladas, como hipertensão, por exemplo, também impedem a realização de cirurgia plástica, pelos mesmos motivos já citados, inclusive com o risco de sangramentos, hematomas e deficiência na coagulação do sangue.

Lembre-se: pacientes com hipertensão controlada podem realizar cirurgia plástica normalmente.

O mais importante é sempre passar por uma consulta completa, realizando uma anamnese, que é o questionamento do histórico de doenças do paciente, para que o médico, antes de realizar o procedimento, possa tratar o problema ou compensar o que está em desacordo.